sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Pessoas otimistas têm o coração mais saudável

Os otimistas acabam de ganhar mais um motivo para ficar ainda mais de bem com a vida: pesquisadores da Universidade de Lllinois realizaram uma pesquisa abrangente com mais de 5100 adultos de 45 a 84 anos para examinar possíveis relações entre a saúde do coração e o otimismo. A conclusão? “Indivíduos com os níveis mais altos de otimismo têm o dobro de chances de estar com uma saúde cardiovascular ideal se comparados com suas contrapartes mais pessimistas”, disse em um comunicado Rosalba Hernandez, autora principal do estudo.
O número vale para o cenário analisado no qual a relação entre os dois fatores é mais forte, que é quando entram em jogo características sociodemográficas como idade, etnia, renda e qualidade da educação. Os resultados obtidos foram apresentados da seguinte forma: levando em conta os dados sociodemográficos, os voluntários mais otimistas tinham duas vezes mais chances de estar com a saúde do coração em estado ideal e uma probabilidade 55% maior de tê-la em um nível intermediário. Sem incluir as informações qualitativas, os índices gerais ficaram 50% maiores para o caso intermediário e 76% maiores para o ideal.
Para chegar a estas porcentagens, os pesquisadores utilizaram questionários e quantificaram a saúde cardiovascular dos participantes através de sete métricas, utilizadas pela Associação Americana do Coração: pressão sanguínea, índice de massa corporal, glicose plasmática e níveis de colesterol em jejum, ingestão alimentar, atividade física e uso de tabaco. Cada um recebeu pontuações em cada quesito que variavam entre 0, 1 e 2, representando respectivamente desempenhos baixo, intermediário e ideal. A nota final, com máximo de 14, representava a saúde cardiovascular total do indivíduo.
De acordo com o artigo, que deve ser publicado na edição de janeiro do periódico Health Behavior and Policy Review, os otimistas também apresentaram melhores níveis de açúcar e de colesterol no sangue, além de serem mais fisicamente ativos, terem índices de massa corporal mais saudáveis e serem menos propensos a fumar. Rosalba destacou que as descobertas são de relevância clínica pois um estudo de 2013 associou o aumento de um ponto na nota cardiovascular total com uma redução de 8% no risco de derrame cerebral. “Em um nível populacional, mesmo esta diferença moderada na saúde cardiovascular se traduz em uma redução significativa nas taxas de mortalidade”, afirmou a pesquisadora.

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