segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cotidiano

O cotidiano aborda temas variados com o propósito de informar os seguidores do blog destacando fatos e acontecimentos dos mais diversos segmentos, a cada edição reforçaremos o respeito e a credibilidade do público no que diz respeito a visitas fidelizadas.

Os benefícios da gratidão: Um sentimento que melhora a qualidade da vida

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“A gratidão não é apenas a maior das virtudes, mas a mãe de todas as outras”, dizia o filósofo Cícero. Estudos mostram que cultivar o sentimento de gratidão pode aumentar os níveis de bem-estar e felicidade. Pensar na vida de maneira grata aumenta os níveis de energia, otimismo e simpatia.

20 de Agosto de 2014 às 18:23


Por: Equipe Oásis

“Algumas pessoas reclamam que rosas têm espinhos; eu sou grato porque os espinhos têm rosas”, ensinava o filósofo Alphonse Karr. A gratidão é uma emoção que expressa o apreço por aquilo que se tem – ao contrário, por exemplo, da ênfase que o consumidor dá àquilo que deseja ou precisa – e está recebendo muita atenção como uma faceta da psicologia positiva. A gratidão é o que é despejado no copo para deixá-lo meio cheio.

Estudos mostram que a gratidão não apenas pode ser cultivada deliberadamente, como também pode aumentar os níveis de bem-estar e felicidade entre aqueles que a cultivam. Além disso, o pensamento de gratidão – e especialmente a expressão disso para outros – está associada ao aumento dos níveis de energia, otimismo e empatia.

Dar graças diariamente pelo que você tem
Você já reparou como algumas pessoas são gratas e apreciam tudo o que têm, enquanto outros se queixam de tudo que não têm? Que tipo de pessoa você é? Quando vê o copo com água, você o vê como meio cheio ou meio vazio? Como ver o nível do conteúdo do vidro dá um vislumbre incrível da sua felicidade geral e do seu estado de espírito.

É divertido reunir-se com a família e os amigos em ocasiões festivas, mas também é saudável ter tempo para refletir sobre as farturas que cada um de nós tem em nossa vida diária. A felicidade e o bem-estar são mais importantes do que status e posses. O materialismo não é a felicidade. Esse sentimento de direito adquirido nunca vai trazer alegria. A felicidade é paz de espírito, e muitas vezes, nesta vida de montanha-russa em ritmo acelerado que levamos, esse conceito fica perdido, especialmente durante períodos muito estressantes do ano.

Passamos por testes todos os dias, e não é preciso sobreviver a um furacão ou a uma tragédia pessoal para incorporar a gratidão à sua rotina do dia a dia. As características que definem quem pode lidar com as adversidades são as mesmas que definem quem vai ter uma vida feliz, saudável e produtiva.
: A crença em algo maior do que você é, seja Deus, família, um poder superior ou uma causa.

Esperança: O conhecimento de que, não importa como as coisas estão sombrias no presente, há uma crença de que tudo vai ficar melhor: “O Poder da Esperança”.

Amor: Seus sentimentos de amor para com os outros – sejam eles um indivíduo, uma família ou um grupo – e deles para você podem enriquecer sua vida de inúmeras maneiras.

Gratidão: Seja grato pelas coisas que tem, em vez de ser amargo pelo que não tem.
E então, você agradece regularmente pelas riquezas que existem na sua vida? Se não, nem tudo está perdido. A gratidão pode ser aprendida, praticada e desenvolvida, produzindo uma sensação de bem-estar, otimismo e felicidade. Além do mais, quando as crianças veem os pais agradecidos, são mais propensas a se tornar filhos agradecidos.
A partir de hoje, implemente estas sugestões na sua vida diária:
• Todas as manhãs, antes de sair da cama, pense em tudo aquilo na sua vida pelo qual você é grato – pode ser o cônjuge ao seu lado, a criança na sala ao lado, o animal de estimação na cozinha. Pode ser o sol que brilha através da janela, as pernas que o levam aonde você quer ou os olhos que usa para ver o mundo. Faça isso todas as manhãs, torne isso um ritual. Garanto que, se você fizer isso, vai começar a sua manhã num tom positivo, e isso estabelece o padrão para um dia positivo.

• Todos nós temos dias ruins, porque a vida não é perfeita. Coisas ruins acontecem o tempo todo. Quando a vida lhe dá um golpe, em vez de ruminar sobre a sua má sorte, use o tempo para escrever as coisas pelas quais você é grato atualmente. Vê-las no texto, e até mesmo o ato de escrever, pode ser calmante e catártico.

• Seja grato pelos desafios da vida, porque eles nos servem como lições e nos permitem crescer. Veja cada desafio como uma forma de aprender e construir uma vida melhor.
• Seja grato pelo que você tem. A inveja irá sugar a vida para fora de você. Em vez de desejar ter uma mansão, a criadagem, o carro esporte dos sonhos ou roupas de grife, dê graças por aquilo que você tem. O consumismo não é o caminho para a felicidade. Sempre haverá aqueles que têm mais, assim como sempre haverá outros que têm menos. Agradeça que você tem o suficiente.

• Por fim, ajude os outros. Toda vez que vir alguém menos afortunado, pense “Mas pela graça de Deus eu vou” e preste-lhe solidariedade, mesmo que seja apenas com um sorriso e uma palavra de encorajamento. Não precisa ser religioso para fazer isso; é apenas um reconhecimento de que você tem mais do que muitos.

Portanto, quando você sente a necessidade de refletir sobre os tempos de crise econômica, a alta taxa de desemprego e todos os problemas que estamos enfrentando, pare. Dirija a sua atenção para aquilo em que você tem fé, para os que ama, que o amam, e para suas esperanças em relação ao futuro. Mais importante ainda, separe um tempo para reconhecer com gratidão todas as coisas boas que tem em sua vida.

A vida é um presente. A liberdade é um dom. O emprego é um presente. Os amigos e entes queridos são presentes. Sua própria respiração neste momento é um presente. Visualizar a vida com olhos gratos dá um vislumbre de que a vida não lhe deve nada e permite que a gratidão ponha para funcionar sua humilde magia. Dê graças diariamente.


Leia também



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Em 1993, Bill e Melinda Gates, ainda noivos, passeavam em uma praia em Zanzibar, tomaram uma decisão ousada de como fazer com que a sua fortuna que veio da Microsoft voltasse para a sociedade. Em uma recente conversa com Chris Anderson, o casal fala sobre seu trabalho na Fundação Bill & Melinda Gates, bem como sobre o seu casamento, seus filhos, seus fracassos e a satisfação de doar a maior parte de sua fortuna

http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/150727/Bill-e-Melinda-Gates-Por-que-doar-nossa-fortuna-foi-a-coisa-mais-gratificante-que-já-fizemos.htm

Missão Sal e Luz

UM PROJETO QUE EU ACREDITO E FAÇO PARTE!

Bom Dia!

Estou enviando esta mensagem com um pedido PESSOAL.

Peço que leiam o projeto (em anexo) e, dentro da possibilidade de cada um, espero contar com o apoio e ajuda daqueles que também compartilharem deste sonho, que em parte já é uma realidade.

Já começamos a construção de uma parte (a qual não consta no projeto) em virtude da necessidade de abrigarmos as crianças em suas atividades.

Estamos em fase de conclusão do mesmo, para isso estamos precisando de cimento.

Sendo assim, venho pedir dentro de suas possibilidades, a doação de 01 saca de cimento, pois já a partir do dia 01/09 daremos início à conclusão da obra (ver fotos no projeto).

Desejo uma boa semana.

--

"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio.
Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa".

Fábio Barbosa
Técnico em Segurança do Trabalho
Coordenador de Educação do SENAI da Construção Civil - Bayeux-PB

Contatos:
E-mail: fabiobarbosa.tecseg@gmail.com
Telefone: (83) 8841-2473
Foto: UM PROJETO QUE EU
 ACREDITO E FAÇO PARTE!


Bom Dia!


Estou enviando esta mensagem com um pedido PESSOAL.


Peço que leiam o projeto e, dentro da possibilidade de cada um, espero contar com o apoio e ajuda daqueles que também compartilharem deste sonho, que em parte já é uma realidade.


Já começamos a construção de uma parte (a qual não consta no projeto) em virtude da necessidade de abrigarmos as crianças em suas atividades.


Estamos em fase de conclusão do mesmo, para isso estamos precisando de cimento.


Sendo assim, venho pedir dentro de suas possibilidades, a doação de 01 saca de cimento, pois já a partir do dia 01/09 daremos início à conclusão da obra (ver fotos no projeto).


Desejo um bom final de semana.


-- 


"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio.
Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa".


Fábio Barbosa
Técnico em Segurança do Trabalho
Coordenador de Educação do SENAI da Construção Civil - Bayeux-PB


Contatos:
E-mail: fabiobarbosa.tecseg@gmail.com
Telefone: (83) 8841-2473

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Dinheiro não compra felicidade

Um estudo inédito compara 43 indicadores sociais e ambientais para definir os municípios com melhor progresso social da Amazônia. Ele revela que os mais bem-sucedidos não são necessariamente os mais ricos

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/08/dinheiro-bnao-compra-felicidadeb.html



Foto: Derrota com gosto de vitória


Jornal GGN – Um jovem atleta brasileiro ganhou destaque essa semana em uma competição internacional. Mas não foi uma vitória que lhe rendeu fama.


http://jornalggn.com.br/noticia/derrota-com-gosto-de-vitoria

Derrota com gosto de vitória

Jornal GGN – Um jovem atleta brasileiro ganhou destaque essa semana em uma competição internacional. Mas não foi uma vitória que lhe rendeu fama.

http://jornalggn.com.br/noticia/derrota-com-gosto-de-vitoria





"A Vez do Morro" apresenta os botecos de favelas

"Os botecos mais legais hoje estão nas favelas. São esses os que fogem da mesmice. Posso afirmar que hoje as melhores experiências em um botequim não estão no asfalto, estão no morro", afirma Pedro Landim, jornalista especializado em gastronomia que organiza o "A Vez do Morro", evento que leva visitantes às favelas do Rio de Janeiro e a seus bares. "Sempre adorei a vida nas favelas: as pessoas têm um calor, uma generosidade, um companheirismo. Elas te recebem de porta aberta, coisa que você não vê em outros lugares.", afirma Landim

http://www.brasil247.com/pt/247/favela247/151037/A-Vez-do-Morro-apresenta-os-botecos-de-favelas.htm



https://fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xap1/v/t1.0-9/10628045_831511616873352_2669156334447519839_n.png?oh=2910a7039ac80820ed99d52ddb6b0959&oe=54731ACE&__gda__=1416001042_138593cb273f867603221c26def6c709

Opera Mundi

SETENTA ANOS DEPOIS, FOME CONTINUA ASSOMBRANDO BENGALA

Calcutá - 22/08/2014 - 06h00

No território, que engloba Bangladesh e boa parte do nordeste da Índia, pessoas continuam morrendo pelos mesmos motivos: não há trabalho ou comida

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/37554/sessenta+anos+depois+fome+continua+assombrando+bengala.shtml


Foto: Época


ELEVADOR DE SERVIÇO E BANHEIRO DE EMPREGADA


Se um negro quer entrar num prédio, tem de enfrentar o preconceito contra pobres e contra negros


Walcyr Carrasco - 22/08/2014 21h16


Todo mundo adora dizer que o Brasil é um país sem preconceito. Enquanto, nos Estados Unidos, a luta contra o preconceito racial tomou proporções épicas, aqui sempre se disse que não existia esse tipo de coisa, ou, talvez, só muito pouco. Seria caso de rir, não fosse sério. Se você for afrodescendente, já deve saber como é. Entrar num prédio de classe média alta é uma aventura. Em geral, indicam a entrada de serviço. Porque, aí, se acumulam dois preconceitos: um contra a cor da pele, o outro contra a pobreza. O preconceito contra os pobres também é tremendo. Ninguém manda um médico subir pelo elevador de serviço, mas o encanador sim. Ambos não prestarão um serviço? Pela lógica, deveriam ser tratados de maneira igual.


Há alguns anos estive na África, pós-apartheid. Ahn? Quem disse mesmo que acabou? Fiquei num hotel fantástico. No conjunto, havia outros hotéis, de categorias diferentes. Em todos, sentados às mesas, brancos ou orientais. Servindo, negros. O contrário não vi, em nenhuma situação. Aqui é igual. A gente vai a um restaurante, muitos garçons são de ascendência africana. Raramente se vê um afro sentado à mesa. Sempre tive minha desconfiança do sistema de cotas na universidade. Acreditava que o importante era dar boa formação na escola fundamental e média e tornar os alunos de escolas públicas tão competitivos quanto os das particulares. Também acho que um sistema em que o candidato declara a que grupo pertence dá margem a fraudes. Mas hoje, pensando bem, tem outro jeito? Apesar de tudo, ainda não vejo solução melhor que as cotas.


A gente vai a bancos, a empresas e, nos cargos de direção, majoritariamente, vemos brancos. Nas empresas orientais, os próprios orientais. Em São Paulo, há a Universidade Zumbi dos Palmares, mantida com dificuldade, que oferece vagas a afrodescendentes e já conseguiu a cooperação de bancos, como o Bradesco, para oferecer vagas a seus formandos. É uma forma de integração. Mas quantas existem?


O preconceito está arraigado na forma de pensar nacional. Vejam a planta de boa parte dos apartamentos atuais. Até mesmo os menores têm o maldito banheiro de empregada. (Que é negra ou pobre – ou os dois.) Já discuti com um amigo a inutilidade desse banheiro.


– Mas é útil – ele respondeu, surpreso.


– Só me explique: por que a empregada ou a faxineira não podem usar o banheiro dos patrões? É como se tivessem uma doença contagiosa, que contamina.


Mas as pessoas continuam preferindo apartamentos com banheiro de empregada, não? Crianças e adolescentes de colégios caros costumam hostilizar colegas bolsistas, até os de classe média, que não podem se vestir como eles e manter o mesmo padrão de vida. E se irritam se o menos rico tenta disfarçar. Um dia destes, uma garota que conheço comentou, irritada, ao falar de uma colega.


– Ela tenta fingir, mas sei que é pobrinha. Não é como nós.


Ser pobre é pecado?


No mesmo colégio, outra aluna, de classe média, faz questão de descer do carro materno duas quadras antes, por se tratar de um modelo comum, não de um importado de luxo, como das outras colegas. O pior é que, quando alguém é tratado de forma diferente, seja pelo biotipo, seja pela situação financeira, acaba achando que tem mesmo algo errado. Sente-se inferior. E isso vale também para quem tem comportamento diferente: gays, lésbicas e até mesmo – é de pasmar – quem gosta de estudar, não vai muito a baladas, recusa a vida social. Sei por mim mesmo. Todas as semanas sou pressionado a comparecer a eventos, como se fosse errado simplesmente querer ficar comigo mesmo. Judeus também vivem constatando a tal “falta de preconceito”. Basta algo que envolva os judeus – da construção de um metrô abortada num bairro de predominância judaica a um acirramento nas questões de Israel –, o preconceito explode. Como se cada judeu fosse
 culpado pelos fatos cotidianos ou pelas decisões de Israel. Basta olhar a internet. O preconceito solta fogo como um dragão.


No livro A metamorfose, de Franz Kafka, o personagem principal transforma-se numa barata. Excluído, em seu quarto, caminha para o final. Quando acontece, e a família é informada de que se livraram da barata, a vida segue normalmente.



É assim que o preconceito funciona no Brasil. A maioria finge que nada acontece, mas mantém um comportamento semelhante ao daquela família: querem se ver livres, distantes, daquele estranho que, julgam, deve ser excluído de sua forma de viver.


http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/walcyr-carrasco/noticia/2014/08/elevador-de-servico-e-bbanheiro-de-empregadab.html
Época

ELEVADOR DE SERVIÇO E BANHEIRO DE EMPREGADA

Se um negro quer entrar num prédio, tem de enfrentar o preconceito contra pobres e contra negros

Walcyr Carrasco - 22/08/2014 21h16

Todo mundo adora dizer que o Brasil é um país sem preconceito. Enquanto, nos Estados Unidos, a luta contra o preconceito racial tomou proporções épicas, aqui sempre se disse que não existia esse tipo de coisa, ou, talvez, só muito pouco. Seria caso de rir, não fosse sério. Se você for afrodescendente, já deve saber como é. Entrar num prédio de classe média alta é uma aventura. Em geral, indicam a entrada de serviço. Porque, aí, se acumulam dois preconceitos: um contra a cor da pele, o outro contra a pobreza. O preconceito contra os pobres também é tremendo. Ninguém manda um médico subir pelo elevador de serviço, mas o encanador sim. Ambos não prestarão um serviço? Pela lógica, deveriam ser tratados de maneira igual.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/walcyr-carrasco/noticia/2014/08/elevador-de-servico-e-bbanheiro-de-empregadab.html


Foto: AS CRIANÇA CRESCEM MUITO RÁPIDO


E também revelam bem cedo as semelhanças com os pais


Isabel Clemente- 24/08/2014 10h35


Conhece a história daquela mãe que botou o filho pra dormir numa noite fria usando pijama de flanela com carrinhos? Deu-lhe um beijo de boa noite, ajeitou o travesseiro de sapinho e acordou de manhã assustada ao ouvir o marido conversando com outro homem na sala achando que a casa tinha sido invadida. Ela custou a perceber mas seu bebê tinha crescido. Todos estamos sujeitos a isso.


Histórias espantosas vêm sendo registradas há décadas no livro dos recordes infantis, uma publicação particular em que algumas famílias anotam o máximo do desempenho dos filhos nas categorias mais disparatadas: bobagens por segundo; tagarelice em lugar barulhento;  implicância criativa; machucados no mesmo joelho; despertar cedo; propostas absurdas num curto espaço de tempo; idas à emergência; e por aí vai. É bom esclarecer que nenhum desses casos fica sujeito a checagem de comissões internacionais. Quem valida os absurdos presenciados por uma família é a própria família e os amigos próximos. Eles ajudam a levar adiante as crônicas familiares inesquecíveis.


No quesito crescimento, a disputa é das mais acirradas. Que pai ou mãe não se espanta com o crescimento dos filhos nos primeiros meses de vida? Competem por isso.
Mãe 1: Imagina que meu filho dobrou de peso no primeiro mês!
Mãe 2: E o meu que triplicou em dois meses?
Mãe 3: Tiago perdeu todos os sapatinhos de recém-nascido nos primeiros 15 dias...
Mãe 1: Realmente impressionante...
Mãe 2: Ô.


Há provas e exageros por toda parte. Quem consegue decorar quanto os filhos calçam se os pés deles mudam a cada trimestre? E a altura? Um amigo começou a marcar com um lápis na parede a altura da filha mas desistiu porque tinha rabisco demais. "Quando ela parar, eu vejo aonde chegou". Muito sensato.


Uma família programou ir à Disney com seis meses de antecedência para levar os filhos, quando o menor dos três ainda media 1m20, dez centímetros abaixo do exigido para frequentar muitas atrações radicais, desejo principal do garoto.
"Não seria melhor esperar ele crescer um pouco?", sugeriu alguém.
"Tenho certeza que até lá ele terá crescido tudo e mais um pouco. Já vi isso acontecer duas vezes antes", respondeu a mãe, uma dessensibilizada que não se espanta com mais nada.


Outro dia emprestei um casaco meu para a filha de 8 anos ir à escola porque o dela, comprado dois meses antes, tinha ficado pequeno e teve de ser doado à irmã que, aos cinco, está se achando quase adolescente por vestir "oito anos".
"Letícia, não é possível! Esse casaco é novo. Veste para eu ver?"
Ela vestiu e a manga ficou a cinco centímetros do pulso.
"Eu num te disse?", disse a menina, triunfante.
Nesse ritmo não sei onde vamos parar.


O rápido crescimento infantil virou um dogma, muitas vezes usado contra nós por pessoas mal intencionadas.


Vendedora: Eu não tenho este vestido no modelo para quatro anos, mas a senhora pode levar o de dez então.
Mãe: Mas minha filha vai fazer dois...
Vendedora: Crianças crescem muito rápido. Acredite em mim. No próximo inverno já vai caber.


De uma hora pra outra nossos filhos perdem o jeito e os traços de bebês. Deixam pra trás brinquedos fofinhos, músicas ternas. Não querem certas brincadeiras mas ritmos agitados. Sinto que Peppa, o desenho animado da porquinha adorada pelos pequenos, é o último bastião da minha casa. A filha mais velha não aguenta a família de quatro porquinhos rindo de tudo a toda hora mas eu faço questão de assistir, quando posso, ao lado da menor, a única que ainda guarda um jeito levemente desengonçado para correr, capaz de fugir do banho pelada e de inventar conjugações inéditas para os verbos que vai usar.


Não é mais toda noite que minhas filhas correm para a porta ou pulam no meu colo. Isso acontece só de vez em quando. Sou mais recebida por discursos e abraços até porque a criança mais velha precisa me avisar antes que vai saltar para eu me preparar ou caímos as duas no chão. Ainda que seus pesos corporais somados não tenham superado o meu, minhas filhas têm força e velocidade suficientes para me derrubar. Carregar uma em cada braço como eu fazia até anteontem é uma audácia exibicionista para eu botar no meu livro dos recordes com direito a duas horas de fisioterapia depois.


De uma hora pra outra, e não sei bem quando, elas foram abandonando certas preferências ("Você gostava tanto do meu mingau mágico...", digo. "Manhê" é a minha resposta.) Percebo um tom adulto querendo brotar de certos questionamentos que, mesmo exalando inocência, chegam mais elaborados e críticos.


À medida que crescem, os filhos também vão revelando traços físicos e psicológicos muito parecidos com os nossos. Entra em cena o capítulo semelhança paterna e materna. Quem se parece mais com quem? Lá em casa eu começo a perceber isso com mais clareza. Ora é um trejeito do pai ou uma palavra que ele usa mais que ganha vida nas crianças, ora é uma expressão ou uma maneira minha. Mas tem o físico também. A confusão é geral. Tem gente que acha as duas a minha cara, outros enxergam só "o pai". Mas ele mesmo outro dia me disse "olhei Letícia assim de lado e vi você" sobre a mais velha.


Minhas filhas crescem tão rápido e estão tão parecidas comigo que outro dia meu marido ficou 40 minutos conversando com nossa caçula achando que era eu.


http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clemente/noticia/2014/08/bcriancas-crescemb-muito-rapido.html
AS CRIANÇA CRESCEM MUITO RÁPIDO

E também revelam bem cedo as semelhanças com os pais

Isabel Clemente- 24/08/2014 10h35

Conhece a história daquela mãe que botou o filho pra dormir numa noite fria usando pijama de flanela com carrinhos? Deu-lhe um beijo de boa noite, ajeitou o travesseiro de sapinho e acordou de manhã assustada ao ouvir o marido conversando com outro homem na sala achando que a casa tinha sido invadida. Ela custou a perceber mas seu bebê tinha crescido. Todos estamos sujeitos a isso.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clemente/noticia/2014/08/bcriancas-crescemb-muito-rapido.html

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