quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DF: Engenheiro morre ao cair de prédio em construção


O engenheiro civil Eduardo Bueno Brunes, 37 anos, caiu do 13º andar (aproximadamente 60 metros) na manhã desta segunda-feira (15), de um prédio em construção no condomínio Península, em Águas Claras, região administrativa do DF. Ele teve traumatismo no crânio-encefálico e morreu na hora.

De acordo com o Sindicato dos Empregados da Construção Civil do DF, este ano já houve 12 mortes ligadas a canteiros de obras na capital. A morte do engenheiro seria a 13ª.

O engenheiro trabalhava em uma empresa de telefonia e foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros. Ao lado do corpo de Brunes foi encontrada uma prancheta com outros locais de vistoria e papeis da companhia de telefonia em que ele trabalhava, além de documento de identificação do Conselho Regional de Engenharia do DF (Crea-DF).

Segundo a Dom Bosco Empreendimentos, consórcio entre as empresas Via e Paulo Octávio, responsável pela construção, o homem não era funcionário da obra e não possuía autorização para entrar no local. A Polícia Civil investiga o acidente.

As obras do condomínio Península, onde o acidente ocorreu, estão embargadas por decisão do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). A construção foi alvo de denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) por ultrapassar o limite máximo permitido para a obra, entre outros problemas.

A morte anterior a esta do engenheiro na construção civil no DF ocorreu em junho passado, na reconstrução do Estádio Nacional Mané Garrincha. Em agosto deste ano, mais cinco operários que trabalham no Estádio sofreram um acidente grave durante o processo de concretagem de uma laje. Uma viga teria se rompido devido ao peso do concreto, ainda fresco, colocado sobre ela e despencou atingindo os trabalhadores. Um deles chegou a ficar três horas sob os escombros, aguardando resgate, e foi levado ao hospital em estado grave.

Acidentes de trabalho na construção civil são registrados diariamente e muitos resultam em mortes ou ferimentos graves que afastam temporária ou definitivamente milhares de trabalhadores de suas atividades.

Auditores-Fiscais do Trabalho realizam um trabalho de prevenção, porém, com o aumento estrondoso do número de obras nos últimos anos, em contraste com a redução do número de Auditores-Fiscais, não tem sido possível vistoriar todos os canteiros de obras, como seria o ideal.

Enquanto o governo federal não se conscientizar de que é preciso aumentar o contingente da fiscalização como uma das medidas para enfrentar a verdadeira epidemia de acidentes de trabalho que ocorrem no Brasil, não há como mudar a situação.

Assessoria de Imprensa do Sinait com informações do Jornal Destak Brasília e Portal R7.


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