quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bondinho: A culpa é do morto?



por Ana Lucia Day Furtado

Governo tenta culpar motorista. Acidente mostra caos no transporte do Rio de Janeiro-RJ e ameaça de privatização.
O acidente com o bondinho em Santa Teresa que levou cinco pessoas à morte e deixou mais de cinquenta feridos, causou na população um misto de tristeza e indignação. Tristeza pelas vidas perdidas e indignação por saber que tudo isso poderia ter sido evitado. Não apenas esse último acidente, mas também as mortes da professora Andrea de Jesus (2009) e do turista Charles Damien (2011).

O projeto de privatização dos bondes de Santa Teresa reproduz o processo para convencer a opinião pública, antes de privatizar precisa sucatear. A diferença é que desta vez, o sucateamento que prepara aprivatização trouxe mortos e feridos. culpou um... morto! Simples, não?
Secretário vem afirmando que a responsabilidade pelo acidente foi do motorneiro, que conduziu o mesmo carro duas horas antes e, após um pequeno acidente com um ônibus, não teria recolhido o bonde para manutenção.


Resumo do Texto: Laercio Silva
Comentário do Engº Seg. Trab. Valdolírio Santos Soares
A questão é muito simples... Quantos SESMTs e CIPAS você conhece que existem e funcionam nos órgãos ditos públicos? Já teve acesso a algum PPRA. PCMSO, PCMAT e outros de alguma entidade pública:? Conhece algum técnico, engenheiro ou médico do trabalho por exemplo, e teve acesso a alguma" política de Segurança", Plano de emergência, planos de manutenção preditiva, preventiva e mesmo corretiva? Quem está responsável pela análise do acidente? Atribuir ao trabalhador a culpa certamente é um gesto simplório e irresponsável" Se houve uma condição insegura, ela por si só é suficiente para avaliar e determinar as responsabilidades e certamente afasta do trabalhador a responsabilidade, salvo se ele por ato criminoso a gerou, o que parece não ser o caso. Onde estão os resultados e providências da última inspeção de segurança. Quando se fala que o freio apresentava deficiências, fica tudo aparentemente muito simples, e encobrimos as ações paliativa eventualmente a ele aplicadas.  Sabemos que acidentes não acontecem por acaso. Quais as providências para evitar novos acidentes, não apenas com bondinhos, mas com transportes públicos ou concessões em geral? para que acidentes semelhantes, similares ou assemelhados não tornem a se repetir? Quem sabe eles publicam as medidas preventivas que deveriam ser modelo e praticadas por todos: governo e empresas privadas? Como diz o Boris Casoy: ISTO É UMA VERGONHA!

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