sábado, 8 de janeiro de 2011

Indenizações por acidentes de trânsito


O total de indenizações de vítimas de acidentes de trânsito subiu de 175.021 em 2005 para 256.472 em 2009, um aumento de 47%. Os dados foram registrados pela DPVAT (seguro nacional de danos pessoais causados por veículos). Desde o início da década, o número de acidentes de trânsito cresce ano a ano no país. Indenizações para vítimas que ficaram permanentemente mutiladas em acidentes são as que mais crescem. Em 2005, as indenizações por invalidez respondiam por 17% do total de ressarcimentos. No primeiro semestre de 2010, esse percentual subiu para 59%.
As compensações porque as vítimas tiveram algum tipo de invalidez permanente passaram de 31.121, em 2005, para 70.879, em 2009, um crescimento de 127%. No mesmo período, os ressarcimentos por mortes diminuíram de 55.024 para 53.052, uma queda de 4%.
Especialistas ouvidos pelo R7 apontam a diminuição geral da velocidade do trânsito, a popularização das motos e a maior divulgação do DPVAT como algumas das causas para a questão.
O engenheiro e consultor de trânsito Horácio Figueira afirma que a diminuição geral na velocidade média no trânsito das cidades pode ter contribuído para a queda nas mortes e aumento nas lesões permanentes.
 Essa diminuição na velocidade média tende a fomentar colisões com vítimas sequeladas.
Outra explicação apontada por Figueira é a melhoria da tecnologia de segurança dos carros e a popularização das motocicletas. Acidentes com motos foram responsáveis por 60,6% das vítimas indenizadas, apesar de representarem um quarto de toda a frota de veículos do país.
Para o engenheiro Sérgio Ejzenberg, mestre em engenharia de transportes pela USP (Universidade de São Paulo), os números de acidentes com motos tendem a crescer nos próximos anos. Segundo ele, as más condições do transporte público "empurram" a classe média para comprar uma moto na primeira oportunidade.
Reportagem do R7 publicada em julho deste ano mostrou que os motociclistas têm quase três vezes mais chances de morrer em acidente que ocupantes de carro em São Paulo. Outro estudo, de maio, revelou que, na capital paulista, as motocicletas estavam também sendo compradas pelos ricos que desejam fugir do rodízio municipal de veículos.
Cássia Delpapa, primeira vice-presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo), também afirma que a diminuição na velocidade e a popularização das motos são as grandes causas para os resultados divulgados pelo DPVAT. Ela acrescenta ainda que o maior conhecimento da população sobre o seguro nacional pode ter ajudado no crescimento de pedidos de indenização.
O DPVAT, seguro obrigatório pago por todos os proprietários de veículos no país, pode ser acionado por qualquer vítima de acidente de trânsito. Mesmo aqueles que não têm carros podem pedir a compensação. O teto do ressarcimento é de R$ 12 mil, pago no caso de morte ou invalidez. Segundo Cássia, o dinheiro é liberado de 15 a 20 dias depois que a vítima ou seus parentes dão entrada no pedido.
Por meio de nota, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) informou que prioriza ações voltadas à prevenção de acidentes de trânsito. Segundo o órgão, 6.500 profissionais do sistema de trânsito receberam cursos de capacitação em 2010 e foram realizadas quatro campanhas publicitárias educativas no país.
Fonte: Portal Rondonotícias

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