segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Trabalho ainda é uma das maiores dificuldades dos deficientes


No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado em 3 de dezembro, instituições de apoio aos deficientes alertam para as principais dificuldades enfrentadas por eles. Uma das principais é o acesso ao mercado de trabalho.

De acordo com o último censo, o Brasil tem mais de 24 milhões de pessoas com deficiência e apenas 1,2% deles está empregado, o que representa pouco mais de 288 mil pessoas. Embora 19 anos depois a legislação tenha impulsionado a inclusão dessa parcela da população nas empresas e órgãos públicos, o Brasil ainda está longe do ideal. Segundo os resultados da fiscalização da Lei de Cotas, das mais de 850 mil vagas estimadas às pessoas com deficiência, apenas 23,8% delas são cumpridas de acordo com a legislação.

Segundo Marcelo Vitoriano, gerente de inclusão e capacitação profissional da Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), o maior problema para o cumprimento da Lei de Cotas é que as empresas procuram profissionais "prontos" e não querem investir na formação e retenção destes profissionais. "Outro grave problema é a falta de acessibilidade nas empresas e organizações, que não estão preparadas para receber as pessoas com deficiência", explica.

Vitoriano ressalta a importância da adequação dos espaços físicos, instrumentos, mobiliário e, também, da cultura das empresas. "Adequar as instalações, tais como criação de rampas, portas mais largas para a passagem de cadeiras de rodas e até mesmo o investimento em tecnologias de apoio para diferentes perfis de pessoas com deficiência e, fundamentalmente, o preparo dos colaboradores para receberem seus novos colegas com deficiência são essenciais para a inclusão", lembra Vitoriano.

Publicação: Revista Proteção
 Fonte: Zero Hora

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