quarta-feira, 19 de maio de 2010

Carpinteiras e pedreiras recebem diploma do Projeto Mão na Massa

Foi realizada na sexta-feira (07/05/10) a formatura da quarta turma de alunas do Projeto Mão na Massa (http://www.projetomaonamassa.com.br/), que capacita mulheres para trabalhar na construção civil. Com o diploma em mãos e certificadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), as 20 novas pedreiras e 40 carpinteiras de fôrmas, oriundas de comunidades de baixa renda, poderão disputar vagas no mercado de trabalho na função de meio-oficial, cargo situado acima do ajudante e do servente.

O projeto, realizado desde 2008 pela Federação de Instituições Beneficentes (FIB- RJ) e pelo Abrigo Maria Imaculada, já formou 210 mulheres, sendo que mais de 70% estão empregadas no mercado formal ou prestando serviços autônomos, o que causa impacto positivo na renda familiar. Isso pode ser medido pelo aumento de 14 vezes no salário médio das operárias inseridas no mercado de trabalho.

O projeto, patrocinado pela Petrobras, é dirigido para mulheres de 18 a 45 anos. As aulas acontecem na sede do projeto, na zona norte do Rio de Janeiro, e em unidades do Senai. O curso é estruturado em quatro eixos: emancipação econômica feminina; benefício para a comunidade, incentivo à participação; geração de renda.
Comentário: Com as profissionais desenvolvendo atividades na indústria da construção civil, é preciso realizar novos estudos da situação nos canteiros de obras e a condição da mulher trabalhadora. “Daí uma preocupação maior com as questões de saúde e segurança nos canteiros de obras. Temos como principal exemplo as instalações sanitárias nos canteiros que ainda podem criar barreiras para que mais mulheres venham para o setor”, diz Maria Christina Engenheira de Segurança do Trabalho. Segundo Tatiane Sampaio, da Secretaria de Mulheres do PSTU outros fatores como a questão do machismo no canteiro de obra sofrida pelas mulheres, o assédio moral e sexual de seus colegas de trabalho e patrões, a exemplo, uma trabalhadora assediada pelo encarregado da obra e, ao denunciá-lo, foi imediatamente demitida por justa causa. Nada aconteceu como o encarregado, a não ser um afastamento temporário.

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